terça-feira, 17 de novembro de 2009

- Voltando ao tema em análise: a acção exige um agente, aquele que assume os seus actos e que não é apenas um actor mas autor deles e consequentemente de si mesmo.
- Será que a nossa vida não foi escrita por alguém e nós apenas nos limitamos a representá-la? - interrompeu a Madalena
- Sei que não acreditas na liberdade e que preferes assumir uma atitude fatalista mas é possível assumirmos o nosso próprio destino começando por assumir os nossos actos, desejando-os, querendo-os, premeditando-os, escolhendo-os.
- O que é que o desejo tem a ver com a acção? perguntou o Jerónimo
- O homem é um ser de sonhos e de desejos. Tudo isso está presente nos nossos projectos e são eles que estão na base das nossas acções.
- Sonhar não basta - comentou a Madalena
- É preciso acrescentar a vontade ao sonho. Para que a acção passe da fase de projecto à execução é necessário ter força de vontade. Depois de delineado o projecto ou os múltiplos projectos que constituem a nossa vida temos que os por em prática, modificando-os se for necessário mas nunca desistindo.
- Por vezes obrigam-nos a desistir - disse a Madalena
- Muitas vezes somos nós que desistimos por preguiça, por comodidade, por fraqueza, porque sonhamos rasteiramente e depois culpamos ou outros pelos nossos falhanços. A vida não é fácil, nunca ninguém disse que o era. Não podemos projectar as coisas e ficar à espera que elas aconteçam, que os outros se afastem e deixem livre o espaço que julgamos que deveria ser o nosso.
- O stor está a dizer que devemos ir em frente contra tudo e contra todos? - perguntou o Rogério
- Não, não estou a fazer a apologia do forçar a situação para além dos limites transformando a nossa vida numa guerra aberta e permanente. Só devemos empenharmo-nos naquelas lutas que podemos e devemos vencer. As nossas grandes armas são a ponderação e o bom senso.
- Temos que pensar antes de fazer qualquer coisa? - perguntou o André - Pensar muito não significa adiar as coisa e a vida?
- Vê-se que estás a ler o Fernando Pessoa - observou o professor - A vida porém não é poesia e somos obrigados a pensar bem em tudo, a escolher entre as várias possibilidades para fazermos aquilo que é correcto e aquilo que é melhor para nós.
- Aquilo que é correcto? - perguntou a Madalena - Como é que sabemos o que é que é correcto?
- Ouvindo a nossa consciência moral. É claro que isso será o tema de uma próxima aula.

Um comentário:

Anônimo disse...

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