segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sendo eu um fervoroso adepto da leitura poderia com facilidade indicar uma extensa lista de livros imprescindiveis que me marcaram. Quero no entanto destacar "O Principezinho" de Saint-Exupery. Não me recordo de o ter lido na minha juventude e, quando o fiz, já adulto, recuperei a criança que havia em mim e que, de vez em quando, ainda sinto existir. É muito vulgar classificar "O Principezinho" como um livro infanto-juvenil e aconselhá-lo a adolescentes que andam à procura de si mesmos. "O Principezinho" não é um romance nem um ensaio; quando muito um devaneio, um exercício de imaginação, uma viagem ao mundo do sonho e da infância. "O Principezinho" é uma fábula carregada de moral. Pessoalmente não estou preocupado em enquadrar o livro em qualquer uma das classificações usualmente utilizada. Um livro, qualquer livro, vale para mim pelo seu contéudo, pela sua mensagem, pela forma como está escrito e pela sua capacidade de me fazer pensar, viver vidas diferentes ou sonhar. Com os livros aprende-se, viaja-se, é-se de muitas maneiras. " O Principezinho" é um livro sobre emoções e escrito com emoção por alguém que não se envergonhava dos seus sentimentos e não se escondia sob a capa da racionalidade. O homem é um animal racional, como dizia Aristóteles, mas a racionalidade não pode amordaçar as emoções e sufocar a criança dentro de nós, condenando-a a viver prisioneira das regras e das aparências disfarçadas em bons costumes. Com "O Principezinho" ficamos a saber que a realidade cinzenta que nos circunda e na qual estamos atolados não é a única realidade e que o mais importante é encontrar verdadeiros amigos, cativar e ser cativados.

quarta-feira, 1 de julho de 2009