sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O homem é um ser condicionado. Desde muito cedo, aprendemos que não podemos fazer tudo o que queremos. Essa consciência, por vezes bem pesada, não anula porém a liberdade, mas complica-a, obrigando-nos a pensar o homem como um ser situado e em circunstância e não como um ser abstracto, possuidor de dons e características inatos. A nossa liberdade de escolha não é ilimitada mas, por mais ínfima que seja, ela existe a não ser que abdiquemos dela e deixemos placidamente que outros escolham por nós. A liberdade humana é sempre a possível e nunca a desejável. A liberdade implica capacidade de autodeterminação, de autonomia, a liberdade constrói-se à nossa medida e à medida das nossas possibilidades. O que importa não é o que nos acontece mas aquilo que fazemos com o que nos acontece. É isso que faz a nossa diferença em relação aos outros animais. É esse o sinal da nossa liberdade, da necessidade de construirmos o nosso próprio destino.

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