sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A filosofia é necessária num tempo de intolerâncias e de relativismos. As verdades quando são impostas passam a ser dogmas e impedem-nos de pensar livremente. O relativismo do "é tudo igual" é a porta aberta para o cruzar de braços e o fecharmo-nos nas nossas conchas. A filosofia é diálogo e faz-se no diálogo mas esse diálogo não significa conversa de café ou diálogo de surdos: é imprescindível a discussão, o combate de ideias, a expressão de convicções fortes, a afirmação de princípios que, embora discutíveis, orientam a nossa acção. É preciso dizer não quando a comodidade do silêncio ou o compromisso envergonhado são tentadores, é preciso recusar a passividade, transformar o acto de pensar num claro acto de rebeldia e inconformismo, é preciso fazer do espírito crítico a nossa afirmação de responsabilidade e de cidadania.
Num tempo de ressurgência dos dogmatismos e das várias sofisticas é urgente que a filosofia seja um núcleo de resistência. Por isso reactivo este meu blog adormecido.

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